A Guerra Fria: O mundo capitalista e o mundo comunista

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A Guerra Fria é um período da História caracterizado pelo clima de tensão e antagonismo entre o bloco americano e o bloco soviético.
Os Estados Unidos da América defendiam um regime político democrático-liberal e uma economia inspirada no modelo capitalista.
A União Soviética defendia um regime socialista marxista de centralismo democrático e uma economia coletivizada e planificada.
Este período é fortemente caracterizado pela corrida aos armamentos, com particular relevância para o nuclear, a proliferação de conflitos localizados e crises militares nas mais diversas zonas do Mundo, bem como uma visão simplista e extremada do bloco contrário.
O afrontamento entre as duas superpotências e os seus aliados prolongou-se até meados dos anos 80, altura em que o bloco soviético mostrou os primeiros sinais de fraqueza.
Durante este longo período, os  EUA e a URSS intimidaram-se mutuamente, gerando um clima de hostilidade e insegurança que deixou o Mundo num permanente sobressalto.
A Guerra Fria foi uma autêntica "guerra de nervos" em que cada bloco se procurou superiorizar um ao outro, quer em armamento quer na ampliação das suas áreas de influência. Enquanto isso, uma gigantesca máquina de propaganda inculcava nas populações a ideia da superioridade do seu sistema e a rejeição e o temor do lado contrário, ao qual se atribuíam  intenções mais sinistras e planos mais diabólicos.
Na realidade, mais do que as ambições hegemónicas das duas superpotências, eram duas conceções opostas da organização política, vida económica e estruturação social que se confrontavam: de um lado, o liberalismo, assente nos princípios da liberdade individual, do outro, o marxismo, que subordina o indivíduo ao interesse da coletividade.
O Mundo Capitalista

Os EUA empenharam-se por todos os meios na contenção do comunismo. O Plano Marshall foi o primeiro grande passo, uma vez que não só permitiu a reconstrução da economia europeia emo moldes capitalistas, como estreitou os laços entre a Europa Ocidental e os seus "benefitores" americanos.
Surgiu assim, a Organização do Tratado do Atlântico Norte - OTAN ou NATO, talvez a mais importante organização militar pós-guerra, que se tornou um símbolo do bloco ocidental.
A aliança apresentava-se assim como uma organização puramente defensiva, empenhada em resistir a um inimigo que embora não se nomeie está omnipresente: a União Soviética e tudo que para o mundo ocidental ela representa.
Esta sensação de ameaça e a vontade de consolidar a sua área de influência lançaram os EUA numa autêntica "pactomania" que levou a constituir um vasto leque de alianças um pouco por todo mundo- Para além da OTAN, firmaram-se alianças multilaterais na América. Estas alianças foram complementadas com diversos acordos de carácter político e económico de tal forma que, cerca de 1959, três quartas partes do mundo alinhavam de uma forma ou de outra pelo bloco americano.

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No fim da 2.ª Guerra Mundial, o conceito de democracia adquiriu no Ocidente um novo significado. Para além do respeito pelas liberdades individuais, considerou-se que o regime democrático deveria assegurar o bem-estar dos cidadãos e a justiça social.
Nesta altura, sobressaíam no panorama político europeu as forças do socialismo reformista e da democracia cristã. Embora de quadrantes muito diferentes, partilhavam as mesmas preocupações sociais e advogavam um Estado interventivo, capaz de liderar a necessária reconstrução económica.

A democracia cristã é uma corrente política inspirada pela doutrina social da Igreja. A democracia cristã pretende aplicar à vida política os princípios de justiça, entreajuda e valorização da pessoa humana que estiveram na base do cristianismo. Deste modo, embora de índole conservadora, esta ideologia defendia que a democracia não se limitava à aplicação das regras do sufrágio universal e da alternância política, mas tem por função assegurar o bem-estar dos cidadãos.

A social-democracia é uma corrente do socialismo que teve origem nas conceções defendidas por Eduard Bernstein, na II Internacional. A social-democracia rejeitada a via revolucionário proposta por Marx, opondo-lhe a participação no jogo democrático, como forma de atingir o poder, e a implementação de reformas socializantes, como meio de melhorar as condições de vida das classes trabalhadoras.

Deste modo, partindo de ideologias diferentes, sociais-democratas e democratas-cristãos convergem no mesmo propósito de promover reformas económicas e sociais profundas.
Um tal conjunto de medidas modificou, de forma profunda, a conceção liberal de Estado dando origem ao Estado-Providência.

A estruturação do Estado-Providência na Europa do pós-guerra faz-se rapidamente. O sistema de proteção social generaliza-se a toda população, passando a acautelar as situações de desemprego, acidente, velhice e doença; estabelecem-se prestações de ajuda familiar e outros subsídios aos mais pobres. Complementarmente, ampliam-se as responsabilidades do Estado no que concerne à habitação, ao ensino e à assistência médica.
Este conjunto de medidas reduziu a miséria e o mal-estar social, contribuindo para a repartição mais equitativa da riqueza e assegura uma certa estabilidade à economia, já que evita descidas drásticas da procura. Assim, o Estado-Providência foi também um fator da grande prosperidade económica económica que o Ocidente viveu nas três décadas que se seguiram à Segunda Guerra Mundial.

O crescimento económico do pós-guerra no mundo capitalista estruturou-se em bases sólidas: os governos não só assumiram grandes responsabilidades económicas como delinearam planos de desenvolvimento como o Plano Marshall, os acordos de Bretton Woods, a criação do  GATT e da CEE, FMI e SMI.

As economias cresceram de forma contínua, sem períodos de crise. Estes cerca de 30 anos de uma prosperidade material ficaram na História como os  TRINTA GLORIOSOS.

Entre as suas caractéristicas podemos destacar o rápido progresso tecnológico, o recurso ao petróleo como matéria energética por excelência, o aumento da concentração industrial e multinacionais, o aumento da população ativa graças ao babyboom, a modernização da agricultura e ao crescimento do setor terciário e levou a uma sociedade de consumo.

O efeito mais evidente dos "Trinta Gloriosos" foi a generalização do confronto material. O pleno emprego, os salários altos e a produção maciça de bens a preços acessíveis conduziram à sociedade de consumo.
Quando os gastos na alimentação e em outros bens essenciais deixaram de absorver a quase totalidade dos orçamentos familiares, as casas tornaram-se mais cómodas e bem equipadas. Os aparelhos de aquecimento, o telefone, a televisão e toda a vasta gama de eletrodomésticos multiplicaram-se rapidamente e o automóvel tomou o seu lugar nas garagens e nas ruas. As férias pagas, privilégio que se alargou nos anos 60, vieram acentuar a ideia de que a vida merecia ser desfrutada e que o dinheiro era para se gastar.
Aliás, nesta sociedade de abundância, o cidadão comum é permanentemente estimulado a despender mais do que necessário. Também surgiram as vendas a crédito.

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O Mundo Comunista

Em 1945, quando o segundo conflito mundial terminou, existiam no mundo apenas dois países comunistas: a URSS e a Mongólia. Entre 1945 e 1949, o comunismo implanta-se na Europa Oriental, na Coreia do Norte e na imensa extensão da China. Nos anos 50 e 60 continua o seu progresso na Ásia e encontra em Cuba, mesmo à porta dos EUA um novo posto avançado. Finalmente, na década de 70, ganha novos países asiáticos e difunde-se na África negra.

Após a 2.ª Guerra Mundial, o reforço da posição militar soviética e o desencadear do processo de descolonização criaram condições favoráveis quer à extensão do comunismo, quer ao estreitamento dos laços de amizade e cooperação entre Moscovo e os países recentemente emancipados.
A URSS saiu, assim, do isolamento a que estivera votada desde a Revolução de Outubro, alargando a sua influência nos quatro continentes.

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A primeira vaga da extensão do comunismo atingiu a Europa Oriental, e com exceção da Jugoslávia fez-se sob a pressão direta da URSS. Os novos países socialistas receberam a designação de democracias populares. Por oposição às democracias liberais, julgadas incapazes de garantir a verdadeira igualdade devido à persistência dos privilégios de classe, as democracias populares defendem que a gestão do Estado pertence, em exclusivo às classes trabalhadoras. Estas, que constituem a esmagadora maioria da população, exercem o poder através do Partido Comunista.
Em suma, a Europa de Leste reconstrói-se de acordo com a ideologia marxista e a interpretação que dela faz o regime soviético.

Em 1955, os laços entre as democracias populares foram reforçados  com o Pacto de Varsóvia, aliança militar que previa a resposta conjunta aa qualquer eventual agressão. O Pacto de Varsóvia constituía uma organização diametralmente oposta à OTAN, simbolizando as duas coligações o antagonismo militar que marcou a Guerra Fria.
Considerando-se a pátria do socialismo, a União Soviética impôs um modelo único e rígido, do qual não admitiu desvios. É assim que, quando estalaram protestos e rebeliões contra o seu excessivo domínio, Moscovo não hesitou em utilizar a força para manter a coesão do seu bloco. Os dois casos mais graves ocorreram na Hungria e na Checoslováquia, em pelos tanques soviéticos, que depois de uma repressão severa, garantiram a "normalização" da vida política.
O esmagamento militar da "Primavera de Praga" levou o líder soviético Brejnev a assumir, perante o mundo, que a soberania dos países do Pacto de Varsóvia se encontrava limitada pelos superiores interesses do socialismo.

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Outra preocupação para os dirigente comunistas da Europa de Leste era a situação de Berlim. De facto, a cidade tornara-se uma ponte de passagem para o Ocidente. Milhares de cidadãos da Alemanha comunista utilizavam  Berlim Oriental como forma de alcançar a República Federal Alemã. Eram sobretudo, jovens diplomadas que se sentiam atraídos pelos salários altos e pelo consumismo da sociedade capitalista, isso, afetou gravemente a economia da RDA e, mais do que isso, afetavam o prestígio do mundo socialista. O problema acabaria por ser solucionado em 1961, com a construção pela RDA, do célebre Muro de Berlim, que em breve, se tornou o símbolo da Guerra Fria.
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Fora da Europa, o único país em que a implantação do regime comunista se ficou a dever à intervenção direta da URSS foi a Coreia.
Ocupada pelos japoneses, a Coreia, foi no fim da Segunda Guerra Mundial, libertada pela ação conjunta dos exércitos soviéticos e americano.
Por isso, a Coreia foi dividida em dois Estados: a norte, República Popular da Coreia, comunista apoiada pela URSS e a sul, República Democrática da Coreia, conservadora, sustentada pelos EUA.
A posterior invasão da Coreia do Sul pela República Popular do Norte, com vista à reunificação do território sob a égide do socialismo, desencadeou uma violenta guerra (1950-1953) em que se viveram momentos de tensão e afrontamento entre os dois blocos. Por fim, repôs-se a separação entre as duas Coreias que se mantêm Estados rivais até aos nossos dias.

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Nos restantes casos, o triunfo do regime comunista ficou a dever-se a movimentos revolucionários nacionais que contaram com o incentivo ou apoio da URSS.
Tal é o caso da China, onde em outubro de 1949, Mao Tsé-Tung proclamou a instauração de uma República Popular. Embora o apoio de Moscovo, os dois países assinaram um Tratado de Amizade, Aliança e Assistência mútua, que coloca a China na esfera soviética. Apesar de posteriormente a China, se ter afastado da URSS, a China seguiu  nos primeiros anos do regime comunista o modelo político e económico do socialismo russo. 
Gigante asiático, a China Popular assumiu, ao lado da URSS, as suas obrigações na difusão do comunismo, participando ativamente na Guerra da Coreia e na guerra de libertação da Indochina, encabeçada por  Ho Chi Minh.

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O ponto fulcral da expansão comunista na América Latina foi Cuba, onde, em 1959, um punhado de revolucionários, sob o comando de Fidel de Castro e o mítico Che Guevera, derruba o ditador pró-americano Fulgêncio Batista.
Fidel  Castro aceita o apoio da URSS e Cuba transforma-se num bastião avançado do comunismo na América Central.
A influência soviética em Cuba confirma-se quando em 1962, aviões americanos obtêm provas fotográficas da instalação na ilha de mísseis russos de médio alcance, capazes de atingir o território americano.
A exigência firme de retirada dos mísseis, feita pelo presidente Kennedy, coloca o Mundo perante a iminência de uma guerra nuclear entre as duas superpotências. Felizmente, a crise acaba por resolver-se com cedências mútuas: Kruchtev aceita retirar os mísseis, enquanto os EUA se comprometem a não tentar derrubar, novamente o regime cubano.
Cuba desempenhará um papel ativo na proliferação do comunismo. Nos anos 70, a URSS ajuda diretamente ou por intermédio de Cuba, as guerrilhas marxistas da Guatemala, El Salvador e Nicarágua. O mesmo aconteceu em África com o impulso dado, por exemplo, à instauração de regimes comunistas em Angola e Moçambique, para onde foram enviados contingentes militares cubanos.

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O balanço económico da Segunda Guerra Mundial foi especialmente pesado para a União Soviética e para alguns países da Europa Ocidental, como a Polónia e RDA: milhões de hectares de cultivo foram destruídos, centenas de cidades arrasadas e uma parte importante do equipamento industrial perdeu-se.
Apesar disto, a reconstrução dos países socialistas efetuou-se rapidamente. Nas duas décadas que se seguiram à guerra, as taxas de crescimento ultrapassaram as dos países capitalistas.
Logo que a guerra terminou, a URSS retomou o modelo de planificação económica que tinha implementado nos anos 20. Tal como já acontecera, a indústria pesada e as infraestruturas recebem prioridade absoluta. Imensos complexos siderúrgicos e centrais hidroelétricas fazem da URSS a segunda potência industrial do Mundo e garantem-lhe o poderio militar necessário ao afrontamento dos tempos da Guerra Fria.
Nos países de Leste, a proclamação das repúblicas populares implanta também o modelo económico soviético. Os meios de produção são coletivizados e reorganizados em moldes idênticos aos  da URSS. É dada prioridade absoluta à industrialização, baseada na indústria pesada.
Assim, os novos países socialistas europeus que com exceção da Checoslováquia e da RDA, eram essencialmente agrícolas, industrializaram-se rapidamente. Esta industrialização foi um dos maiores êxitos das economias planificadas.
No entanto, o nível de vida das populações não acompanha esta evolução económica. As jornadas de trabalho mantêm-se excessiva, os salários sobem a um ritmo muito lento e as carências de bens de toda a espécie mantêm-se. Negligenciados pelos primeiros planos, a agricultura, a construção habitacional, as indústrias de consumo e o setor terciário, considerado improdutivo, avançam lentamente. Nas cidades, que a industrialização fez crescer a um ritmo muito rápido, a população amontoa-se em bairros periféricos, superpovoados e insalubres. As longas filas de espera para adquirir os bens essenciais tornaram-se rotina diária.

Passado o primeiro impulso industrializador, as economias planificadas começam a mostrar, de forma mais evidente, as suas debilidades. A planificação excessiva entorpece as empresas, que não gozam da autonomia na seleção de produções, do equipamento e dos trabalhadores, na fixação de salários e preços ou na escolha de fornecedores e clientes. Uma gestão burocrática, sem entusiasmo nem iniciativa, limita-se a procurar cumprir as quantidades previstas no plano, sem atender à qualidade dos produtos ou ao potencial de rentabilidade dos equipamentos e da mão de obra. Nas unidades agrícolas, a falta de investimento, a má organização e o desalento dos camponeses refletem-se de forma severa na produtividade. Outrora exportador de cereais, o Leste vê-se agora obrigado a importá-los em quantidades crescentes.

Face a estes sintomas de marasmo económico, implementou-se, nos anos 60, um vasto conjunto de reformas em praticamente todos os países da Europa socialista. O exemplo partiu, mais uma vez, da URSS, onde o novo lider Nikita Kruchtev, abre uma via de renovação, quer política quer económica.
Um novo plano iniciado em 1959, reforça o investimento nas indústrias de consumo, na habitação e na agricultura, setor  em que é lançado um vasto programa de arroteamento das "terras virgens" do Cazaquistão e da Sibéria Ocidental.
Paralelamente, a duração do trabalho semanal reduz-se bem como a idade de reforma, que se estende, aos trabalhadores agrícolas. Nas empresas, procura-se incentivar a produtividade, aumentando a autonomia dos gestores face aos altos funcionários do Estado e iniciando um sistema de prémios aos trabalhadores mais ativos. No entanto os  efeitos destas medidas ficaram muito aquém das expectativas e não foram capazes de relançar, as economias do bloco socialista. Na década de 70, sob a orientação de Brejnev, a burocracia reforça-se e alastra uma onda de corrupção sem precedentes. O IX eo X planos voltam a dar prioridade ao complexo militar-industrial e à exploração dos recursos naturais, os custos de exploração do longínquo e gelado território siberiano revelam-se excessivos e os resultados fica, novamente, aquém das expectativas.
As dificuldades soviéticas refletiram-se de forma mais ou menos grave nos países-satélite. Embora não podendo dissociar-se da crise económica, que, na década de 70, afetou o mundo industrializado, as dificuldades das economias de direção central refletem, sobretudo, as falhas do sistema que se foram agravando ao longo das décadas. Inultrapassáveis, estes bloqueios económicos conduzirão à falência dos regimes comunistas europeus, no fim dos anos 80.

Para além dos esforços postos na constituição de alianças internacionais, os dois blocos procuraram apetrechar-se para uma eventual guerra, investindo em grandes somas na conceção e fabrico de um armamento cada vez mais sofisticado.
Nos primeiros anos do pós-guerra, os EUA sentiam-se protegidos por uma evidente superioridade técnica. Só eles tinham o segredo da bomba atómica.
Quando em setembro de 1949, os russos fizeram explodir a sua primeira bomba atómica, a confiança do Ocidente desmoronou-se. De imediato, os cientistas americanos incrementaram as pesquisas de uma arma ainda mais destrutiva, em 1952 testava-se no Pacífico a primeira bomba de hidrogénio - a bomba H com uma potência mil vezes superior à bomba de Hiroxima. A corrida ao armamento tinha começado. No ano seguinte, os russos possuíam também a bomba hidrogénica e levou as duas superpotências à produção maciça de armamento nuclear.
O mundo viu também multiplicaram-se as armas ditadas convencionais.
O poder de destruição das novas armas introduziu na política mundial uma característica nova: a dissuasão. Cada um dos blocos procurava persuadir o outro de que usaria, sem hesitar,o seu potencial atómico em caso de violação das respetivas áreas de influência.
O mundo ameçado de destruição, tinha resvalado, nas palavras de Churchill, para o "equilíbrio instável do terror"

O inicio da era espacial

Cientes de que a superioridade tecnológica poderia ser decisiva, as duas superpotências dedicaram grande atenção aos ramos da Ciência relacionados com o equipamento militar.
Surpreendendo o mundo, a URSS colocou-se à cabeça da conquista do Espaço, quando em outubro de 1957, conseguiu colocar em órbita o primeiro satélite artificial da História, o Sputnik 1. No mês seguinte, lançou o Sputnik 2, de maiores dimensões, levando a bordo a cadela Laika, que se tornou o primeiro viajante espacial.
Face a estes sucessos, a contestação dos Americanos que aí tinham considerado a URSS tecnologicamente inferior, foi grande. Na ânsia de igualarem, no mesmo ano, anteciparam o lançamento do seu próprio satélite mas foi um fracasso.
Nos anos que se seguiram, a aventura espacial alimentou o orgulho nacional das duas nações No fim da década de 60, coube aos americanos Neil Armstrong e Edwin Aldrin o feito de serem os primeiros homens a pisarem a Lua.

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Créditos: Um Novo Tempo da História - 12.º ano

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