Os Maias
Episódios da vida romântica ou como mais conhecido Os Maias é um romance escrito pelo português Eça de Queirós, foi publicado na cidade do Porto em 1888.
Esta obra conta a história das três gerações da família Maia. Voltada para a alta sociedade lisboeta do século XIX, o autor examina os seus comportamentos e percebemos que este faz várias críticas sociais ao decorrer da nossa leitura.
A intriga principal é a relação incestuosa de Carlos e Maria Eduarda, primeiramente a Castro Gomes que depois descobrimos que é a irmã desaparecida de Carlos. A intriga secundária são as críticas com intenção de corrigir a hipócrita sociedade burguesa de Lisboa.
A narrativa inicia-se com a exaustiva descrição da casa do Ramalhete, antiga residência da família, que contêm uma importante simbologia na história, onde ia voltar outra vez a ser habitada e o narrador faz um flashback, contando um pouco sobre os antepassados do velho Afonso (avô de Carlos) e as suas lembranças passadas contando a trágica história da família.
O filho de Afonso, Pedro da Maia ao contrário do que o seu pai pretendia, foi educado com os padrões românticos, crescera à beira de sua mãe Maria Eduarda Runa dentro dos preceitos da Igreja. Pedro torna-se um adulto frágil e melancólico graças à sua mãe e esse sentimento se acentua com a morte da mãe e com a fuga de sua esposa Maria Monforte com um italiano, levando a sua filha, e não sabendo lidar com esses acontecimentos acaba por se suicidar.
Maria Monforte e Pedro da Maia, tiveram dois filhos: Carlos Eduardo e Maria Eduarda.
Carlos cresce ao lado de seu avô e este toma a responsabilidade de o educar dentro dos padrões ingleses.
Mais tarde, Carlos vai para Coimbra estudar medicina, lá conhece o seu grande amigo João da Ega (alter-ego de Eça) um jovem caracterizado por ser revolucionário mas inofensivo.
Carlos da Maia regressa a Lisboa para exercer sua profissão, em Coimbra e em Lisboa o jovem Maia conheceu várias mulheres, muitas delas casadas ou prostitutas. Após alguns encontros amorosos com a esposa do Conde Gouvarinho, conhece a Castro Gomes, a esposa do brasileiro que por sua vez descobre que afinal não era casada com ele, e a moça rompe totalmente com o brasileiro e vai viver com Carlos.
O casal aguardava a morte de Afonso porque este não aprovava a sua união para se casarem. No entanto um jornalista idoso, entrega a João da Ega uma caixa de documentos a ele confiada por Maria Monforte para ser entregue a Carlos e a sua irmã. Ega lê esses documentos e aterrorizado mostra-os a Carlos, que enfim descobre que Maria Eduarda é sua irmã. Porém, Carlos volta a encontrar-se com a irmã numa atitude incestuosa mas consciente.
Afonso depois de saber que os seus netos andavam juntos morre de desgosto. Maria Eduarda vai ao funeral e decide ir para Paris e lá se casa com outro homem. Carlos viaja pelo mundo, dez anos depois volta a Portugal e a relação entre os dois amigos permanece igual porém Ega estava mais envelhecido.
Em suma, apesar desta obra ser muito extensa e muito detalhada, vale a pena ler pois é um dos maiores clássicos da literatura portuguesa.
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